27 abril 2007

Dia 35 - Cusco / Vale Sagrado

Conheci o Cesar, que trabalha aqui no albergue e ele me falou que vai visitar os pais que moram em Pisac, no Vale Sagrado, e me convidou pra ir com ele. Saimos as 7 da manha, e antes passamos pra pegar a filha dele, Mabila, de 4 anos. Primeira parada foi ruínas de Pisac, e já me impressionei com a precisão na engenharia desses tais Incas. Como eu não entendo muito de historia, não vou me meter a falar besteira, vejam as fotos e procurem no Google. Bom a Mabila parecia conhecer bem o lugar, o tempo todo indicava o caminho certo. Só não entendia bem a historia dos espanhóis. “mas onde moravam os espanhóis? ” perguntava. Eu me cansei nos primeiros 10 degraus, a mabila e o Cesar nem ai. Saimos dali e fomos para Ollantitambo ( ou caisa assim ), mas antes demos uma passada na casa dos pais do Cesar. Finalmente uma legitamente peruana, quéchua na verdade. A família toda fala quéchua, mas com visitas na casa eles falam espanhol. A Irma de Cesar cria os tais cuys, ai fui descobrir que esse tal bicho que eu comi era um nada mais que um porquinho da índia, muito mais bonitinho antes de assado. O Pai de Cesar me trouxe um copo de Chicha, que é uma espécie de cerveja artesanal feita com maiz em vez de cevada. A maiz é o milho depois de maduro e um dos principais ingredientes da comida da regiao. A chicha é comum por aqui, toda casa que produz tem uma bandeira vermelha na frente da casa, é só chegar e pedir a sua. O nível alcoólico é muito parecido com o da cerveja e gosto é bom, mas podia ser gelada. Bom, ficamos pouco tempo na casa, logo continuamos, e como não tínhamos avisado com antecedência, eles não tinham nenhum cuy pra preparar pra mim, tudo bem, fica pra próxima. Chegamos em Ollaytintambo ( ou coisa assim) Demos mais um passeo pelas ruínas e coisa e tal e fomos a Cha(qualquer coisa). Mais uma ruína. Legal e só.
Voltamos pra cusco, fiquei no albergue acessando internet, e buscando info sobre como chegar a águas calientes de carro... ai apareceu um mala que disse que não tinha como. O Cesar falou que era possível mas não sabia e ia perguntar a outras pessoas. Eu já estava meio decidido a pagar os 150 dolares pelo tour de um dia. Fui dormi.

22 abril 2007

Vale Sagrado

Depois conto mais, mas valeu a viagem!! Fui acompanhoda de Cesar um cara que trabalha aqui no hotel e a filha dele Mabila de 4 anos, visitamos varios sitios arqueologicos. E a familia de Cesar. Marivilha!!
Abraço

Dia 34 - Ayaviri / Cusco

Ta bom, vamos pra Cusco. Cidade grande, não to a fim de chegar tarde e se bobear nem fico lá vou direto pra machupichu. Tirei umas fotinhos da Igreja e dos taxi bicicleta. No caminho pra Cusco, sem muita novidade, montanhas, plantações por todas as partes, um pouco de neve lá nos cumes. Um visual legal, mas nada de formidável. Já estava com fome e vi uma placa de um restaurante..
“cuyu asado al horno”, ahh esse era um dos pratos que a turma me falou, vou experimentar. A descrição que me deram é que era uma espécie de coelho asado com batadas. Aham... mais parecia um ratão, ou um gambá asado inteiro, com cabeça dentes e tudo, servido com um macarrão desgraçado, e duas batatas. O gosto não é horrível mas o visual é de assustar, fiquei meio enjoado depois, mas muito mais pela visão do bicho que pelo paladar. É uma carne de rato como qualquer outra. Hehehe
Estou em Cusco e amanha devo fazer um tur por aqui, segunda devo ir a machupichu. abraço

Dia 33 - Chivay / Vale Colca / Ayaviri

O plano pra hoje, é ver esse tal de vale de colca e sair correndo pra tentar chegar em puno durante o dia. Na verdade puno era a primeira parada no Peru, mas por indicação dos amigos caminhoneiros resolvi tentar Arequipa, e Vale de Colca primeiro. Sai sem tomar café, e logo na primeira subida, chegando aos 4mil outra dor de cabeça. Mas dessa vez controlável. Fui seguindo o vale, e tal e cousa, e nada de vale impressionante, achei que já tinha passado o desgraçado. Entao o canyon começou a se aprofundar, e finalmente tava lá o tal do vale, maravilha, e mais impressionante ainda são os povoados do outro lado do vale, no meio da montanha, neguinho deve dormir em pé por lá. Ai resolvi voltar, mas vi uns passarinhos e resolvi parar, eram os tais dos condor (ou seriam condores, eu sei que eu estava com dores hehehe). Bom, vi ali os passarinhos em seu habitat naturalmente cheio de turistas em volta, bati umas fotos tentei gravar um pouco e fui me embora. O relato é meio fraco, mas o lugar é duca. Sai em direção a puno, peguei a estrada mais longa pq ninguém sabia me dizer se a outra estava em condições. No caminho passei por um gol de belo horizonte dei umas buzinadas e só, ai apareceram umas lagoas bem bonitinhas, fiz um lanche e fui-me. Ah, novamente aqui vários cachorros pela estrada esperando comida dos carros, acho isso muito estranho, porque é a mesma coisa que vi na Bolivia. Por que esses cachorros não descem as montanhas procuram lugares mais quentes, a maioria deles ( tanto aqui como na Bolívia ) estava acima de 4mil metros de altitude, se alguém souber me avise. Bom fui indo em direção a Juliaca e dali, virar a direita e seguir pra Puno. Cheguei olhei, pensei, virei a esquerda e desisti de Puno, o Lago Titicaca fica pra próxima. Vou direto pra Cusco... Mas antes parei em Ayaviri, também por indicação do pessoal da estrada. Cidadezinha simpática, relativamente pequena, uma pracinha onde o povo se reúne pra conversar, aquela coisa. Dormi.

Dia 32 - Arequipa / Chivay

Acordei cedo, meio cansado ainda do dia anterior, só consegui dormir umas 2 da madruga, e 9 horas estava de pé. Tomei café, conheci um casal de brasileiros e um de austríacos. Sai fui dar uma volta pelo centro histórico, e acabei caindo no mercado publico, muito mais interessante que os museus. Muito colorido pela variedade de frutas e verduras e carnes de porco, lhama, peixe e boi. Lembrei que o Freire me falou que deveria experimentar alguma coisa por ali, mas não lembrei o que era. Acbei não arriscando nada. Meio dia almocei por ali mesmo, um “menu” que é na verdade o prato do dia (o mais barato também), se vc quiser alguma coisa diferente peça pela carta ( que é o nosso menu ) . Depois que aprendi isso só peço pelo menu, é mais rápido e econômico. Bom, 12 horas toquei em direção a Chivay, quer dizer, tentei levei um tempo pra me achar. Abasteci o carro no caminho e peguei a estrada, boa por sinal. Arequipa esta a uns 2,6 mil de altitude e ainda sim tem muito mais subida. Pelo caminho monhanhas, e vulcões pra todos os lados, mas nada de especial. Passei pelo pedágio e como a estrada estava tranqüila o cara do pedágio começou a puxar papo, fiquei uns 5 minutos ali parado no pedágio falando de espécies nativas dos Andes e da patagônia, ele me perguntou do Brasil, mas não sou muito de zoologia. Segui subindo, já estava em 4,2mil quando comecei a ficar meio zoado. Mas em 4,5 o ipod morreu e eu comecei a ter dores de cabeça, quando achei que era só descer cheguei a 4,9mil metros. Ai o bicho pegou, o sono acumulado bateu junto com a dor de cabeça, comecei a descer a 30 por hora. Da outra vez que cheguei a esta altura foi na Bolivia, mas passei uma semana em san Pedro e atacama, que é meio do caminho. Agora em dois dias sai do nível do mar pra 4,9mil metros. Alem de mim, o carro também sofreu, o ipod nao funciona acima de 4,5mil metros. Bom cheguei em Chivay (3,6mil metros) cansado e com dor de cabeça, mas a cidade é pequena to tipo que eu gosto, me hospedei no hostel municipal, onde não tinha nem um turista, só peruano a trabalho. Fui dar uma volta na praça, ver o mercado acabei conhecendo o Rufino, que tem uma lojinha de fotos pra documentos e outras coisas, gente finíssima, falamos rapidamente de política e viagem, ele diferente do freire acha o Fujimori um picareta. Voltei pro hostel e conheci a Marcia senhora que trabalha na recepção durante a noite, outra Chivaiana muito simpática, me falou que agora todos por ali estao indo pra Itália, tem empresas contratando eles pra trabalhar na agricultura por lá. Ela espera a vez dela. Faz todo sentido, se tem alguém que sabe cultivar em morro, são esses caras aqui. Fui comer e fui dormir, como pedra.

19 abril 2007

FOTOS AQUI

http://picasaweb.google.com.br/Sergioseverino/CAMINHOSDASAMERICAS02

to sem saco pra ficar diagramando blog.

Dia 31 - Cebolas viajam 5000km

Você sabia que em alguns lugares as cebolas podem viajar até 5mil km do produtor ao consumidor. Bom, descobri isso por causa de um protesto por água. E eu acho que meu sexto sentido está mais apurado...hã?? O que tem uma coisa a ver com o outra? Eu explico, a historia é longa mas é boa. Hoje saí de Arica, no Chile, destino a Puno, no Peru, passei a fronteira do chile bem rapido, na do Peru levou umas 2 horas, pra conseguir colecionar os seis carimbos necessarios para entrar no pais. Isso me tirou o bom humor, na verdade por mais que eu esteja preparado pra atravessar as fronteiras, esses caras sempre conseguem se superar em burocracia. Enfim, passei por Tacna, cidade de fronteira Zona Franca, estilo Foz do Iguaçu. Barulho, transito, poeira, calor... parei pra trocar dinheiro e acho que tomei um golpe, coisa pouca, mas ainda nao consegui calcular direito. Mas nao tem problema, vamos em frente, duas horas depois, meu humor ja restabelecido estava chegando em moquegua, cidadezinha no meio de um oasis no meio do deserto, alias como esse deserto é grande hein, fui admirando as vaquinhas a graminha...tudo maravilha, até que encontro a rua fechada por manifestantes, tentei descobrir o que era, um senhor tentou me explicar, nao entendi, nao me pareceu ser um bom lugar pra ficar, parei falei com dois policias que me sugeriram ir almoçar e completaram "tranquilo" e riram. Na hora nao entendi. Bom resolvi voltar uns 5km onde tinha visto um restaurante que achei simples, bom e barato ( ai tá o sexto sentido ). Sentei tentei pedir uma coca, mas ainda meio zonzo pelos procedimentos migratorios, nao entendi o que o rapaz me falou, um caminhoneiro ao lado me explicou que ele queria saber se era coca de meio litro ou um litro.. ahh bom.. Entao, ai conheci o Freire, caminhoneiro peruano que está transportando cebolas até a fronteira com o ecuador. "como, ecuador?" é verdade, e de lá elas serão levadas até cali.. onde? cali na colombia. Fizemos os calculos mais ou menos, deu uns 5300km. Ou seja essas cebolas farão 20% da minha viagem. Segundo Freire, alem do preço, o sabor é melhor que as cebolas do norte. Aí apareceram mais dois caminhoneiros conhecidos de Freire, El Chalan um senhor de quase 70 anos e o outro não lembro o nome ( foi mal). Entao começaram a me falar das estradas, do que deveria conhecer, que deveria ir a Arequipa e coisa e tal. Falamos de política, economia, como fazer um bloqueio nas estradas peruanas, segundo eles o certo era terem fechado os tuneis, isso sim pararia tudo, tambem aprendi a enganar a balança pelo excesso de peso dos caminhoes. E me deram uma lista de comidas tipicas para comer, e onde encontrar os melhores. Acabei me esquecendo de muita coisa, nao estava anotando nada, porque achava que logo estaria na estrada novamente, mas ai entendi o "tranquilo"do policial, a manifestacao estava só começando e quando me dei conta já havia passado 5horas ali conversando com eles. Foi tudo que eu precisava, conhecer o Peru atraves de gente daqui, e gente normal, sem guias de turismo, e nada disso. Foi uma ótima idéia parar ali, e conhcer esses caras.

Ahh.. o protesto era por causa de uma discussão de direitos sobre uso da agua de um lago, a cidade de moquegua (que estava protestando) diz ser responsavel pela administracao da agua, mas parece que o congresso peruano cedeu o direito pra cidade visinha. no fim rolou policia de choque, gas lacrimogeneo e muita pedra pela estrada. Eu ouvi tudo pelo radio enquanto conversava com meus novos amigos. Essa viagem me surpreende cada vez mais.

A estrada foi liberada pela policia, a base de porrada, as 8 da noite, segui até arequipa, me assustei com o tamanho da cidade, mas o Peru já nao é mais um pais desconhecido, aquela conversa me deixou muito mais tranquilo pra viajar por aqui.

17 abril 2007

Ate agora...

Enquanto nao arrumo o arquivo do google vai um sanpshot.
De CAMINHOS DAS ...

Sem fotos para o momento

Pessoal, a internet aqui ta meio embacado, vou tentar colocar as fotos outra hora, por enquanto so o texto meia boca e umas fotinhas gerais. abraco. amanha vou devo no peru , sem piadinhas

Dia 30 - Arica - fazer turismo cansa

Passei o dia arrumando coisas, separando roupa suja, que não consegui lavar, e fui até umas tais de cuevas pra ver qualé. Na verdade estou meio de saco cheio de turismo, mas vamos lá. O lugar é legal, pena que estava num dia não muito a fim de novidades, é verdade, isso acontece, depois de um mês viajando conhecendo coisas novas o tempo todo, por um dia é bom ficar parado, sem se mexer muito.

Dia 29 - Iquique / Arica - Dias de folga

Mais um dia de estrada, mas antes fui tentar o itrip... Iquique é zona franca, achei que encontraria isso facilmente. Que nada! Andei horas pelo camelódromo deles, que não tem nenhuma cara de camelódromo, mas parece que por aqui o pessoal não curte muito ipod. Almocei por ali mesmo, fui abestecer e trocar o óleo. Meio dia saí em direção a Arica, onde quero ficar uns dois dias, pra arrumar o carro e rever planos pra entrar no Peru (sem piadas). São 280km pelo deserto, então tá, o visual é o mesmo, areia, montanhas e canyons, na verdade os canyons são impressionantes você está a 1200metros e de repente o mundo acaba... E o pior é que tem estrada pra descer isso, não sei como esses malucos fizeram mas funciona. Acho que passei por uns três canyons desses, acabei meio enjoado de tanto olhar pra baixo, quem tem medo de altura não deve se aventurar por aqui. No caminho tinha um desvio pra uma área de canyons que dizem ser bem interessante, mas passei direto. Quero meus dois dias de descanso! Cheguei achei o Albergue, que aparentemente fica em uma região meio estranha. Mas conheci o Roberto, dono do albergue, gente boa, me ofereceu uma cerveja, e me falou de suas viagens pela America Central. Ai me alguém bate a porta e e chama o Roberto que volta com uma mochila igualzinha a minha... ops... igual não, era a minha mochila com a câmera. O animal aqui foi descarregar o carro e esqueceu a mochila com a câmera e metada das fitas na rua no lado do carro. Tudo bem podem rir! O Roberto me levou a casa do garoto pra eu agradecer... preciso lembrar de mandar um presente pra esse guri. Me salvou alguns dias de mal humor nessa viagem. Era isso por enquanto!

Dia 28 - Vellanar / Antofagasta / Iquique - estrada demais

Levantei as 7 e continuei seguindo em direção a Antofagasta, já estava na região do deserto do atacama, e a paisagem aqui é ... é seca. Óbvio. Até certo ponto é interessante mas é meio assustador andar por horas e horas no meio do nada. No caminho passei por algumas casas, no meio do nada. Muito estranho alguém conseguir viver por aqui. Cheguei a Antofagasta as 15, acabei me rendendo ao cansaço e parei num Mac donalds. Antofagasta é uma cidade grande acho que mais ou menos do tamanho do floripa, só que a beira do deserto. Fui ao shoppinf tentar comprar um itrip pro meu ipod, o contato com o radio está falhando, e tenho ficado varias horas sem musica no carro.... é terrível, principalmente no meio do deserto. Enfim, desisti, estava muito caro, toquei em direção a Iquique, dessa vez resolvi continuar pela estrada litorânea. Uma estrada muito bonita, as montanhas terminam na beira do mar, com costões que parecem agulhas. Começou a escurecer pensei em parar em alguma praia por ali, acabei desistindo. Cheguei a Iquique umas 20h achei um internet café, e o endereço do albergue. Finalmente uma noite em uma cama descente! No albergue conheci Taylor, um canadense que já esteve no Brasil e está passeando pela America do sul.

Dia 27 - Los VInos / VIcuña / Posto de Combustivel

Levantei meio com sono porque não dormi direito. Eu ainda estava na duvida se tentaria ir a San Pedro de Atacama. Me despedi dos Wood ( desta vez tirei a foto) e toquei, eles seguem num ritmo bem mais tranquilo. Acabei desistindo de Atacama no caminho e aceitei a sugestão de Paul pra visitar Vicuña pra ver os observatórios dali. Essa região do atacama é muito apreciada pelo astrólogos, pela boa qualidade do ar e altitude das montanhas que lhes permitem montar observatórios mais poderosos. Passei por La serena, e segui ao interior, para vicuña. Cheguei muito cedo, meio dia, e a visita ao observatório munipio era só depois das 18. Fui dar uma volta pelo vale, cheio de plantações de uva, o cheiro de uva é bem forte por aqui. E o vale muito bonito. É interessante como conseguem aproveitar cada pedaço de terra. Fui almoçar dei uma volta pela praça, e acessar a internet. Quando fui pegar o carro, um camarada se aproximou e me cumprimentou pela viagem e disse que tinha acabado de ver o site. Fui ao escritório do observatório pagar a entrada, e pegar informaçoes de como chegar lá. Subi antes pra ver o por do sol....

Bom assisti a palestra do Roberto que também me deu boa viagem. O céu por aqui é realmente muito limpo, infelizmente não deu pra ir aos grandes Observatorios, que tem fila de espera pra visitas de até 2 meses. Fui! Caminho a Antofagasta.. Claro que não chegaria lá, mas tentei recuperar um pouco do tempo parado em Vicuna. Dirigi até meia noite e parem em um posto de combustível, dormi mal novamente.

Dia 26 - Pucon / Los Vinos - e a familia Wood

6 da manha, estava eu lá levantando pra mais uma tentativa de ver o diabo do vulcão. Fiz os sanduíches e estava saindo meio atrasado, quando um casal europeu já voltava com a noticia de que não ia rolar. Bom, fui lá peguei o dinheiro, arrumei malas, me despedi do Peter (dono do hostel) e toquei. Sem desvios para mais ao norte possível, me animei e dirigi uns 1200km. Os pedágios no chile não são tão caros, pra quem esta acostumado com os pedágios de são Paulo, na verdade são bem baratos. Passei por Santiago, sem transito e fui indo... a idéia era La Serena, mas eram 8 da noite e já estava procurando uma cidade antes quando vi uma land rover parada na área de descanso. Fui até lá. Acabei conhecendo Paul, Ginger e Eliot Wood. Eles são ingleses, mas vivem viajando e fizeram uma parada de 12 anos no Kenya e agora estão na América do sul. Elliot tem 4 anos, e não pretende largar essa vida, “se meus pais me deixarem na escola e forem viajar eu vou atrás deles, eu pego ônibus, depois outro, depois outros...” Ele me contou das trutas que pegou com a mão em rio grande, dos furos no pneu e de quanto gosta de viajar. Eles saíram de Montevideo há 9meses, é, 9 meses, e fiz esses trecho em 3 semanas. E segundo eles não existem datas estabelecidas vão parando onde acham interessante, e seu carro um defender 110 / 1983 tambem não tem a mesma agilidade do meu. E na verdade eles tem um espírito de viagem muito mais forte que o meu. Porque o que eles estão fazendo não precisa nem de um carro zero, nem de muito dinheiro, apenas vontade e... um pouco de coragem.
Bom, essas áreas de descando tem banheiro com chuveiro quente e mesas. Até as 22 quase não havia caminhões parados, e Paul e eu comentamos sobre a tranqüilidade dali e fomos dormir. Mal sabíamos nós que os caminhoneiros começavam a parar mais tarde por ali, durante boa parte da noite acordava com um caminhão estacionando.

Dia 25 - Pucon e muita neve!!!!

Como previsto, acordei as 6h arrumei tudo, fiz uns sandwishs de atum, e fui até lá. Esperamos uns 15min e o cara apareceu só pra confirmar que não ia rolar.... cansei de escrever... dois 3 dias depois... Bom, resolvi aceitar a sugestão da Lorena ( dona do hostel) e fui ao Parque Herqueue (acho que é isso), segundo ela uma caminhas muito bonito e tranqüila de 5 horas...Bom, então ta... lá fui eu, cheguei ao meio dia ao parque e comecei a caminhada como se fosse um triatleta, nos primeiros 100metros eu não passava de um paulistano cedentário. Logo percebi que foi uma boa não ter rolado a subida ao vulcão, obviamente não chegaria ao final. O treking pelas lagoas tinha 5km, mas começava com uma subida forte aos 1300metros de altura. Fui juntando ar e aos pouco, bem aos poucos, cheguei ao topo e pensei: “pronto agora é só voltar”. Mas não havia nem percorrido metade da trilha. Andei um pouco mais, uma pequena descida me deu mais fôlego, aos pouco comecei a ver neve e quanto mais entrava pelas trilhas mais neve. Até que já estava caminhando sobre uns 15 cm de neve. Eu podia muito bem colocar a culpa do cansaço na neve, mas não é verdade. EU to sem o mínimo preparo. Ahh.. o visual, é verdade, o visual é absurdo, mesmo com o dia completamente nublado e sem fôlego suficiente para os dois neurônios parei algumas vezes só pra admirar a beleza do lugar. Fui andando em direção a ultima lagoa, sobre neve, e sozinho (era o que eu achava) até que começou a cair uns pingos de chuva. “ops, se começar a nevar eu não vou achar mais a trilha de volta”, na verdade não era bem assim, mas quando vc está cansado sozinho num lugar que não conhece, qualquer motivo é razoável pra vc voltar. Comecei a voltar e encontrei mais gente no sentido contrário. Ou seja, na verdade andei muito rápido e me acabei antes do que devia. Bom, faltou a ultima laguna, mas tudo bem só o visual daqui já valeu, e quando comecei a descida já estava recuperado, e doido pra voltar a fazer uma nova caminhada. Eu devia fazer mais disso. Voltei a Pucon pra pegar o dinheiro da reserva da subida ao vulcão, acabei deixando reservado pro dia seguinte, se não rolar toco com destino a Santiago, ou mais ao norte. Ahh dormi como uma pedra.

Dia 24 - Puerto Montt - Pucon

Acordei mais tarde que esperava, fui pegar minha roupa na lavanderia e trocar o óleo do diferencial. 11h parti pela ruta 5, principal autoestrada no Chile, como se eles tivessem espaço pra mais de uma. O Homero (amigo chileno de camboriu rsrs) disse que tem muito acidente pq a estrada é muito boa e o pessoal dorme dirigindo... é verdade... dei duas cochiladas e resolvi sair, procurei um caminho mais próximo a cordilheira pra chegar a Pucon. Na verdade acabei seguindo o GPS, que não tem a mínima noção da situação da estrada. Deu certo! Por uns 60km fiquei intretido com vacas, buracos, pontes de madeira e uns lagos. Cheguei em Pucon, dei uma volta , em principio me pareceu muito turístico, mas fora de temporada deve ser legal, pensei. Achei um internet café, e fui pesquisar possíveis hostel. Achei dois na mesma rua, beleza... o primeiro ninguém atendeu tentei o segundo 2 quadras pra frente... acertei em cheio. Excenlente lugar. É a casa de um casal de uns 30 e poucos anos, poucos lugares, uma lareira, e pessoal gente boa, na verdade não falei muito, só pra variar.. demorou umas 4 horas até um inglês puxar papo... ahh aqui só tem europeu e australiano viajando. Bom, fui agendar meu passeio ao Vulcao Villa Rica, o segundo mais ativo de Chile, o pessoal falou que por causa da chuva não estao subindo, mesmo assim estao agendando as saídas, ai vc acorda as 6 da manha, vai a agencia e espera um cara dizer se vai rolar ou não. Como o clima está horrível é bem provável que não role.

16 abril 2007

Já vou atualizar

To em Iquique, amanhe devo estar em Arica, foram uns 3mil km em 3 dias. Entao nao to com muito saco pra internet. Tudo correndo bem, sem muitas novidades nos ultimos dias. Abraço. Ahh nao tem foto dos personagens.

14 abril 2007

Tudo indio

Bom.. rapidamente.. sai de puerto montt, chovendo e mutio frio.. fui pra pucon, maravilha! fiz uma caminha na neve, mas nao consegui ir ao vulcao por causa da chuva... sai de pucon em direcao a laserena acabei parando en los vinos onde conheci um casal de ingleses que esta viajando com o filho de 4 anos. Agora estou em Vicuna onde vou até um observario, e sigo pro norte. Depois coloco mais detalhes. Abraco

10 abril 2007

Dia 23 - Pueto Montt Frio


Aqui chove e faz frio. Maravilha dormir na caminha quentinha, acordar com o café da manhã pronto, estou num Hostal simples mas muito confortável e o dono, o Mario, é muito gente boa.


Enfim, fui dar uma volta por Puerto Montt, almocei no Angelmo, um Mercado Publico no cais do porto. Almocei um tal de Curato, um antepassado da paella provavelmente. É um cozido com marisco na casca, vieira (ou algo parecido), lingüiça, carne de porco e frango, uma massa de faria cozida. Joga tudo na panela com coentro, cebola , sal e mais alguma coisa e ferve, depois serve o caldo como sopa, e o resto joga no prato. Gostei.


O marisco daqui tem alguma coisa diferente, com certeza pela diferença da água. Bom, estando comido... fui a autorizada da Land Rover procurar o alternador, não tinham, e mesmo que tivessem era um absurdo de caro. Depois fui tentar trocar o óleo do diferencial, que esta com água, não consegui, vou tentar resolver isso amanha, e sigo viagem.... pra onde? Não tenho idéia... rumo ao Norte!



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Dia 22 - Neve



Passei por Angostura e cheguei a fronteira, mais papel, e finalmente vi a neve, na fronteira argentina/Chile, a uns 1900 metros de altura, começou a nevar, me deu um certo medo, pq estava sem correntes de neve, e não sabia quão pior podia ficar, mas me tranqüilizei pq vi bastante movimento pelo caminho. Enfim voltei ao Chile. Fui em direção a Puerto Montt pela ruta 5, a autoestrada principal aqui no Chile. Em principio achei uma boa, depois de muito tempo dirigindo por ripio e estradas ruins, acabei enchendo o saco nos primeiros 20km e já queria voltar ao ripio. Enfim cheguei a Puerto Montt com chuva, aqui fico por dois dias pra descansar um pouco, dormir numa cama, usar a internet e checar umas coisas no carro.

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Dia 22 - Argentina


Acordei as 8h com o barulho de engrados de cerveja, não tomei nenhuma apesar de ser o camping da cervejaria, o preço é caro 5 pesos uma long neck. Fui trocar o óleo do carro, e depois acompanhar a manifestação.

A cidade é pequena, mas participativa, a praça central estava cheia, e foram feitos alguns discursos contra a policia ( o professor foi morto por um granada de lagrimogenio atirada a curta distancia), também reclamavam da política econômica de Kirchner.



Toquei em direção a Bariloche, onde parei pra almoçar e assiti pela telvisao protestos por todo o pais. Segui em direção a fronteira, mas antes de sair de Bariloche, o caminho estava bloqueado por estudantes também protestando.

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Dia 21 - Chaiten / El Bolson


No café da manhã conheci dois argetinos de comodoro rivadavia, e conversamos um pouco, tivemos a noticia de que um professor daqui de Chaiten, amigo de Juan, morreu num tracking por um dos glaciais. A cidade parecia meio triste. Me informei sobre o barco pra chegar a Puerto Montt, 70000pesos pelo carro mais 17000por pessoa. Acabei me convencendo que era muito caro e voltei 100km pra entrar na Argentina e voltar ao Chile por Angostura, tentei descobrir uma outra passagem antes, mas ninguém conhecia, mais tarde, no Chile descobri que existe sim é pelo Lago Peula acho.



Bom, enfim mais uma fronteira mais papelada, passei e toquei direto a Bariloche, acabei parando em El Bolson, que a 4 anos parecia um vilarejo, hoje é uma cidade, com bastante movimento. Segui as placas até o camping da cervejaria da cidade. Fui recebido pelo Marcos e arrumei o carro. Mais tarde Marcos me falou de uma manifestação sobre a morte de um professor em um protesto por salários melhores, ele também me falou que a Argentina não é tudo que parece. Acabei percebendo que estava vendo só a boa parte, a parte turística de tudo. Comecei a recordar os lugares por onde passei e lembrei de ver casas muito pobres em quase toda parte. Inclusive no Chile onde o Ciro me falou que é muito difícil conseguir trabalho na região que vive. Acho que são coisas que eu estava esquecendo de comentar, apesar de todo turismo, numa viagem de carro posso ver as regiões mais pobres também, que nunca estão nos roteiros turiscos. Pensar nisso me lembrou que ainda tenho muitos países para passar que tem os mesmos problemas. Não dormi muito bem, acordei umas três vezes na noite.


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Dia 20 - E continua..


Como de vez em quando começa a chover resolvi não parar, ficar preso em uma chuva por aqui não deve ser muito agradável. Cheguei a La Junta, parei pra pedir umas informações, e acabei conhecendo o Ciro que pedia carona pra chaiten.


Já era noite, e pra não fazer esse trecho sozinho no escuro levei ele comigo. Um cara gente boa, barqueiro que trabalha em Puerto Cisnes, mas pegou uns dias de folga e vai pra casa em Chaiten. Falamos sobre as dificuldades de se viver nesta região, de viajar e outras coisas. O mais lugar mais distante que Ciro conhece é Temuco, ainda no sul do Chile, a uns 300km daqui. Eu estava meio com pressa pra chegar e acho que o assustei um pouco dirigindo a mais de 80 pelas estras de ripio. Entao ele acabou assumindo o papel de copiloto e ia me apontando as curvas mais perigosas e os trechos difíceis. Chegamos as 8 e meia a Chaite, ele me deixou em uma pousada simples, do Sr Juan e sua Esposa. Gente muito simpática, jantei e fui dormir.


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Dia 20 - Espetaculo


Acordei cedo, na verdade não dormi muito, passei frio no carro, preciso lembrar de comprar mais uns cobertores. Durante a noite a chuva me assustou um pouco, se chovesse muito provavelmente seria difícil subir até a estrada novamente. Fiquei um tempo admirando o sol nascer entre as montanhas, com mais brancas ainda do que ontem.

O destino agora era Chaiten, onde iria tentar um ferryboat para chegar a puerto montt... Na estrada cada vez me impressionava mais a beleza do lugar, cascatas e gelo, lagos com e montanhas.


Ao meio dia cheguei a Coihaique e ainda tinha mais 480km de ripio pela frente. Por mais que eu fale da beleza dessa região, é preciso ver pra crer... cheguei em um parque chamado Queule, a estrada apertada passava no meio de uma floresta cortada por dezenas de cachoeiras, nos picos mais altos glaciares azuis.


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Dia 19 - O Chile é um Espetaculo

Acordei, tomei meu café com pão e geléia ( tenho comido isso muito ultimamente). E já estava indo embora com a impressão de que o povo daqui não é muito amigável, mas ai a senhora veio me explicar é que estavam ocupados com coisas da fazenda e não puderam me dar atenção. Bele, toquei rumo a Chile Chico... passei a fronteira novamente, um pouco demorada, mas tudo bem.


Finalmente cheguei ao Lago General Carreras ( nas Argentina o nome é Lago Buenos Aires). O Paul (australiano que conheci em ushuaia) me disse que foi a estrada mais bonita que já havia passado, por isso resolvi entrar por ali. E o cara estava certo.


Logo pensei em para para acampar, mas era cedo. Fui seguindo a estrada de estreita ripio esculpida nas montanhas com picos nevados. Do meu lado direito penhascos absurdos e o Lago em diversos tons de azul e mais afrente o Lago Verde.



Um lugar sem palavras. Parei perto de puerto tranqüilo. Para chegar ao camping desci uns 800 metros por uma estradinha extremamente íngreme. Valeu a pena o por do sol.

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Dia 18 - Dia de Estrada

As estradas pela Patagonia têm muito mais asfalto do que ha quatro anos atrás, acho que naquela viagem fizemos uns 5mil km por ripio, agora ainda não chegou a 1milkm. Sai de Calafate pra chegar em Perito Moreno ( a cidade que fica a 700km do glacial, coisa de argentino) são mais ou menos 550km de rípio, no começo achei divertido, mas depois enchi o saco, resumo: foi um dia “aborrido”, com muito rípio, não cheguei em Perito Moreno, parei um pouco antes em uma Estancia com camping, o pessoal parece amigável, mas de pouco papo (tipo eu) o lugar é um sossego só, o barulho mais alto aqui é o das teclas do notebook. Amanha sigo rumo a Chile Chico, pra tentar achar a tal carretera austral. Abraço!
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Dia 17 - De volta a viagem


Cheguei no eletricista, o Ulisses , ele olhou, olhou.. e me disse que também não era igual, teria que adaptar o alternador. Conformado, pedi pra ele dar uma checada na adapcao que eu estava usando, e fui me embora, pra Calafate.



Sem volta, não posso ficar mais parado.. esses ultimos três dias foram terríveis, nenhum lugar interessante, o tempo todo preocupado com o carro. Preciso voltar ao que interessa.. Rio Gallegos a Calafate são 3 horinhas, estrada asfaltada e tranquila, sem muito pra ver no caminho.. parei no centro, comprei umas coisas, chequei e-mail, e toquei pro Glacial Perito Moreno, pensei em dormir lá perto, num camping que estive há 4 anos, mas infelizmente não existe mais. Cheguei no Glacial as 17, o que não é bom horário pra ver gelo derreter. Estacionei, desci pro mirante.. liguei a câmera e em 15 minutos dois blocos enormes caíram... “ UHUHUHUH Finalmente estamos de volta a viagem!!”


A imagem e o som daquela massa de gelo desmoronando é impressionante... pena que eu acho que não gravei... to devendo mais uma. Ok. 30 pesos de Perito Moreno já valeram, agora procurar um lugar pra dormir.



Estava rodando pela cidade quando vi uma Land Rover com placa européia e um mapa das Américas, opa um concorrente ( no bom sentido ) . Acabei conhecendo 4 italianos que estao viajando pela America do sul, tomamos umas cervejas (que eles pagaram, eu pago a próxima) conversamos sobre a passagem deles por Floripa e São Paulo, coisas de Land Rover, hablamos espanhol, inglês italiano e português, mas acho que todo mundo se entendeu no final. Pessoal bem gente boa, estao indo pro norte também, mas vão de Ferryboat pelo Chile, eu, terceiro mundo vou pelo rípio pra chegar logo e não gastar muito. Agora que me toquei, como tudo isso aconteceu em apenas um dia? Depois de 3 dias parado com o carro eu já estava meio depre, agora sim estou viajando.


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Dia 16 - Em busca do Alternador



Acordei fui ao centro da cidade, quer dizer a praça central e não achei o diabo do alternador. Ai decidi que ia continuar assim mesmo.. fui abastecer e novamente aquele diabo de preço de turista... desisti de abastecer e fui pra próxima cidade 28 de qualquer coisa, lá não tinha combustível e nem o “repuesto”. Entao ta, vou me embora, a viagem continua... pra ... pra calafate, desisti de torres del paine, apesar de ser um lugar que eu queria parar novamente, precisava recuperar os dias parado.



No caminho, de longe pude ver as Torres de Paine, que pareciam estar rindo da minha cara, pq não havia uma nuvem nos picos, cena meio rara nos últimos dias. Continuando, cheguei ao que seria o meu ultimo posto de combustível até calafate, e eu com o tanque já na reserva me tranquilizei, até que vi a placa “no hay gasoil”. Parei, calculei... “não vai dar, pedi pra colocar qualquer combustível que ele tivesse, e nada”. Bom, vamos embora, calafete fica a 80km, esperança a 65km, mas pro outro lado.. ta bom, Esperança é tudo que me resta. Nunca alguém conseguiu fazer um tanque na reserva render tanto, o ponteiro nem se mexia mais.



Enfim cheguei, coloquei o gasoil a preço razoável, e beleza, pra.. pra... calafate? Mas Rio Gallegos está mais perto agora, lá tem o alternador com certeza.. 140km depois... Rio Gallegos, andei por toda cidade fui numas 3 lojas e nada do alternador, o pior é que eu pedia o alternador do Fiesta e os caras me falavam que não ia dar... Tá chega... vou embora... na saída da cidade acabei descobrindo uma concesionaria Ford e resolvi tentar uma ultima. Entrei e falei com o senhor Maldonado, que me atendeu e mesmo não tendo o alternador mandou baixar todos os alternadores disponíveis na casa... achamos um muito parecido, era do Escort. Sr Maldonado chamou um eletricista que disse que não ia dar, ai tentou outro que me levou pra um terceiro, o Ulisses que me atenderia no outro dia pela manha. Ok. Mais um dia em busca do alternador, parei em Rio Gallegos.


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Dia 15 - Puerto Natales / Rio Turbio


Ontem a noite fui dar uma arejada (mesmo com esse vento todo daqui) e acabei encontrando uma Land Rover, falei com o dono do meu problema e prontamente ofereceu ajuda, e disse pra eu voltar hoje segunda-feira pra ele me levar na loja e no mecanimo. O Pablo é dono de uma empresa de turismo de aventura aqui da região, e gente finíssima. Tomamos um café e conversamos sobre viagens e land rovers, e ele me mostrou alguns caminhos possíveis pra chegar a porto montt. Depois fomos a uma loja de “repuestos” (tenho usado muito essa palavra ultimamente) e descobrimos que não tinham nem o alternador do ford fiesta que supostamente é igual ao da Defender. Resolvi fazer a adaptação do alternador que eu trouxe, o Pablo me levou a um torneiro mecânico que fez o serviço e me passou pra um eletricista que alem da instalação bateu o maior papo comigo ( como se isso fosse possível heheeh) bom o Juan me falou de economia chilena, argentina reclamou que o sul do chile é esquecido, falou d previsão do tempo e das estradas, sei que no final deu certo, funcionou!


Mas por via das duvidas fui a Rio Turvio, na argentina ver se encontrava um alternador mais parecido. Me despedi do Pablo e toquei pra Rio Turvio e... surpresaa. Nessas horas eu acho que Murphy é um foda. Bom, era feriado na argentina. Acabei achando uma pousada simplinha pra ficar, e tentar no dia seguinte.

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Esse é pra Luisa, ele tinha fugido, mas achei.
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08 abril 2007

COntinuando ...

To em El Bolson, Argentina, passei por perito moreno, conheci uns italianos gente fina, depois segui pelo chile ¨espetaculo¨ e sigo para Bariloche. depois volto ao chile para Port Monnt. Internet ruim aqui pela Argentina. Depois hablamos. tchau.

04 abril 2007

Continuando...

Em Puerto Natales fiz uma gambiarra no alteranador, depois tentei em rio Gallegos conseguir um similar, nao rolou. Perdi 3 dias nessa encrenca, pulei Torres Del Paine, estou em calafate argentina, e sigo rumo norte. em breve (daqui a uma semana, acho) mando mais noticias. abraco, valeu pelos comentarios.

01 abril 2007

Viagens


Tudo indo na mais perfeita ordem, tirando o alternador. Achei que teria mais tempo pra parar, na verdade eu sabia que não teria, mas queria ter, me entedem?. Acontece que a verba está curta e preciso fazer tudo mais rápido, talvez em 4 meses. As pessoas que conheci, na maioria foram estrangeiros viajando pelas Américas. Dois americanos em punta Del diblo, alguns argentinos em Buenos Aires, uns suecos em península valdes, um australiano em puerto madryn, 4 argentinos com uma defender, um guia em puerto madryn, um alemão e dois australianos em ushuaia, mais uns argentinos e a reencontrei Ruben e sua família, e hoje mais um casal de australianos.É legal, mas queria conhecer mais locais, mas por outro lado é muito mais difícil fazer isso com o tempo que tenho, o ideal seria 6 meses pra fazer só America do sul. Quem sabe daqui a um tempo. Já estou me acostumando com a estrada, não tenho mais tanto medo quando a noite chega. Sei que apesar de desconhecido nenhum lugar pode ser pior dos que já conheço, apenas diferente.
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