31 maio 2007

On the road again!

Finalmente recuperei o carro, amanha sigo a las tablas, norte do panama, a ideia e passar uns 20 dias pela america central. Depois mais detalhes, abraço!!

27 maio 2007

Até mais America do Sul!!

Foram dois meses, muito pouco tempo pra conhecer tantos lugares. Mas até agora a melhor viagem que já fiz na vida. Mesmo as dificuldades serviram pra conhecer outras pessoas, os desvios na estrada sempre me levaram a novos lugares. Algumas vezes me senti só é verdade, mas os momentos em que fiz novas amizadas foram sempre muito mais fortes. Deixei de visitar vários lugares, mas os que pude conhecer me deixaram muito contente. A America do sul é uma região incrível com uma diversidade geográfica, cultural e social incrível. Talvez por isso muita gente que eu conheço viajando pelo mundo diz ser um dos melhores lugares no mundo pra conhecer. Acho que nos brasileiros damos poucquissima importância pra nossos vizinhos, e me sinto muito mais parte da America Latina agora. Até a volta!

Dia 68 - Cartagena / Panama

Levantei as 4 da manha juntei tudo e fui ao aeroporto, o vôo so sai as 8h mas imagino que a revista da policia seja demorada. O taxi chegou rapidinho, assim que abriram o guichê da empresa passei pela primeira inspeção, as malas foram revistadas, passaram um detector de qualquer coisa e fiz o checkin. As oito entrei na sala de embarque e mais uma revista desta vez me pediram pra tirar o sapato, sinceramente não acho nada tão horrível esse procedimento todo. O vôo durou uma hora no aeroporto do panamá entrei tranquilimente, nenhuma revista. Peguei um taxi e fui ao hostel. A cidade me parece bem moderninha, com bastante transito e muita influencia americana. O hostel parece legal, conheci um brasileiro de floripa, mas que mora nos estados unidos. Resolvi ficar por aqui sem muito agito, tomei uma cerveja no hostel mesmo e fui dormir.

Dia 67 - Cartagena

As 9 horas fui até o escritório da transportadora fazer o pagamento foram 1400 dolares tudo. Falta alguma coisa pra pagar de despachante no panam mas acho que vai ser pouco. Fui ao centro velho de cartagena, que é todo cercado por uma muralha, a cidade é bem interessante, dei umas voltas por ali e fui pro hotel. Agora já estou começando a sentir falta do carro.
Voltei ao Manolo na beira da praia, e ia tomar mais umas cervejas, mas dois policiais estavam multando o bar, aparentemente nos últimos dias foi declarado lei seca por causa de uma greve de professores. Depois que os policiais saíram tomei umas duas ou três, bati mais um papo com o Manolo, que me convidou pra sua festa de aniversario no sábado, mas infelizmente já devo estar no panamá. Fui ao hotel dormir cedo, mas não consegui fiquei me enrolando até tarde.

Dia 66 - Cartagena

Combinamos de entrar com o carro as 8:30h da manha. Sai do hotel as 6h para evitar qualquer possibilidade de atraso, no caminho procurei um lugar pra dar uma lavada por que faz tempo que a Nave não vê água limpa. Acabei achando um lugar perto do porto mas já eram 7:45h e pedi só uma geral por fora. As 8:20 cheguei ao porto encontrei o Hermes, o agente aduaneiro, pegamos a autorização e entramos,... e daí pra frente meus amigos paciência.. 30min pra passar na balança, 1h pra chegar a policia, mais 1 pra chegar a aduana, mais umas 30min pra desinfecção e finalmente os caras da embalagem que fazem a amarração do carro bateram cabeça uma hora pra amarrar o carro.
Bom, sai de lá as 13h, o carro estava aparentemente bem amarrado e protegido por umas bolsas de ar, o policial colocou o lacre e eu fui almoçar. Passei no escritório pra fazer o pagamento mas a fatura demorou a sair, deixei pro próximo dia. Fui ao hotel e depois fui dar uma volta na praia, parei num boteco na beira da praia, conheci o Manolo, dono da barraca, gente boa conversamos um pouco tomei umas cervejas e fui pra cama.

26 maio 2007

Dia 65 - Cartagena

To meio ansioso pra resolver o despacho do carro, acordei cedo e fui até a empresa de transporte, conversei com o gerente e fiquei esperando o agente deles agendar todos os tramites no porto e liberar minha entrada com o carro. Tomei um cha de cadeira das 10h até as13h fui almoçar num chinês caro pra cacete. AS 14h voltei tomei mais um copos de água e conheci o agente que estava cuidado de tudo. Fui com ele ao porto tirar a autorização pra entrar la no dia seguinte com o carro, mas não me dariam a autorizicao enquanto eu não entrasse com o carro. Hum.. faz sentido... acho.. como quase tudo tava agendado pro dia seguinte, resolvemos nem entrar com o carro pra não deixar ele parado uma noite no porto sozinho. Bom, resumo dia perdido, pra mim, mas pelo menos estava tudo no esquema pro dia seguinte entrar com o carro, fazer desinfecção, aduan, policia antinarcoticos e fechar o container. Vai ser fácil. Aham! Voltei pro hotel e fiquei um tempo na internet depois fui dormir.

Dia 64 - Santa Marta / Cartagena

Sai de Santa Marta as 9 da manha em direção a cartagena, a estrada é boa, mas os pedágios por aqui são caros, levando em conta a relação custo beneficio, acho que mais caros que os do Chile, talvez muito parecidos com os pedágios no Brasil. Cheguei a cartagena e fui atrás de dois hotéis que eu tinha o endereço, desisti dos dois, resolvi dar uma volta pela praia e finalmente achei um meia boca, e relativamente caro, péssimo negocio, mas é a vida. Passei um bom tempo na internet, comi alguma coisa, vi duas mulheres brigando na rua e fui dormir. Amanha começo os tramites pra mandar o carro ao panamá. Abraço

Dia 63 - Santa Marta / Tayrona

Acordei disposto a me mexer, demorou um pouco, mas as 9 sai em direção ao Parque de Tayrona, sem muitas pretencoes apenas um pesseiozinho. Cheguei lá morri com uma grana ... uns 38mil pesos pela entrada mais uma taxa pelo carro mais estacionamento. Entao ta comecei a caminhar por uma trilha, que há muito tempo ninguém passava. Achei que estava perdido mas cheguei num lugar horrível.
A praia de canaveral no parque de tayrona é praticamente deserta, maravilha. Dali segui pela praia em direção aos Arrecifes, foram mais 1hora e meia caminhando pela mata e eventualmente cruzando por mais uma praia ou um hotel cinco estrelas. O lugar é realmente bonito, o ideal é passar pelo menos uma noite acampando por aqui ou dormindo em rede, infelizmente so tive um dia, mas foi um dos pontos altos da viagem, inclui na minha lista de melhores lugares que conheci, junto com península valdez, perito moreno, torres Del paine, região dos fiordes no Chile, deserto de atacama, salar de uyuni, machupichu, ribeirão da ilha e naufragrados. Fiquei lembrando que não conheço parques assim bem organizados no Brasil, talvez existam, mas com certeza poderiam ser muito melhores. Aqui eles conseguem trazer turistas que querem conforto e mochileiros, sem destruir a natureza com contrucoes, estradas a beira mar ou coisas assim. Tomei um banho no mar do caribe e voltei ao hotel em taganga, fiz um rango bati um papo com o Kaile e boa noite.

Dia 62 - Santa Marta

Uma rede, sem violão, uma cerveja e o céu nublado. Fiquei por aqui no Hostel fazendo nada e batendo papo com o Kaile, um canadense que esta viajando a 8 meses aqui pela região. Tomei umas duas cervejas e só.

Dia 61 - Santa Marta


Como eu disse, férias, sem muita movimentação, fui a praia comi um peixe, e voltei pro hotel, tem um parque aqui ao lado que dizem que é muito bonito, ainda não me animei. A tarde dei uma geral no carro, sem fotos, tava precisando mesmo. Uma cerveja e cama. Até mais!

Dia 60 - La Dorada / Santa Marta

Faz tempo que não pego tanto chão em um dia, hoje devem ser uns 800km até Santa Marta, acordei cedo e segui rumo ao norte. A estrada é toda plana a partir daqui, algumas partes cheias de buraco, outras bem boas, mas o tempo todo cheia de caminhões.
Achei os pedágios por aqui meio caros consideram as condições das estradas 5800 pesos (5,80 reais) Já perto de Santa Marta, fui parado umas 4 vezes pela policia, pessoal bem simpático, mas dois deles tentaram descolar uma “contribuição”, usei a tática do paciência e em pouco tempo desistiram.
Já estou mais tranqüilo com esses caras , não me incomodam mais tanto. Cheguei a Santa Marta e em principio me pareceu meio grande demais, ai fui a praia de Taganga onde esta o Hostel que os franceses me indicaram. Era bem isso que eu precisava!!! Um Ribeirao da Ilha no Caribe. Pretendo ficar por aqui até ter que levar o carro pra embarcar em cartagena. Sem me mexer muito, uns dias de Férias depois de dois meses de estrada.

Dia 59 - Bogota / La Dorada

Acordei pronto pra sair de Bogota, ia passar no escritório da empresa, resolver o que fosse possível, e botar o pé na estrada. No escritório, finalmente conheci o Carlos, e a Margot, que me atenderam muito bem. Passei copias dos documentos, e assinei uns papeis. Ao meio dia toquei rumo ao norte. UFA!! Não posso dizer que conheci Bogota, vi alguns parques e monumentos, o transito que é igual a qualquer cidade grande e só. Acho que não era um bom momento pra cidade grande. Saindo da cidade um Defender vermelho passou ao meu lado, eles me falaram alguma coisa, acho até que queriam parar pra conversar, mas eu estava com caganeira e de mal humor.

Fui! Na estrada me acalmei um pouco, o clima da serra, os riozinhos, as cidadezinhas me fizeram bem. Cheguei a La Dorada, que me disseram ser um bom ponto pra parar, acabei passando um pouquinho e parei em Puerto Salgar, um povoado, muito pequeno, com uma igreja uma praça e um hotelzinho, tudo que queria. Boa Noite.

Dia 58 - Bogota

Acordei ainda meio depre, acho que preciso de novos ares, to querendo sair logo daqui, ir pro norte, santa marta talvez seja uma boa opção. Mas antes preciso resolver como mandar o carro. Passei o dia tentando falar com o Carlos, que teve um problema não pode me atender, afinal, lá pelas 5 da tarde, quando eu já estava ligando pra tudo que é empresa de transporte, e até verificando a possibilidade de transportar o carro por avião, consegui falar com o Carlos que me passou o telefone da Margot responsável pelos tramites de envio de carga. Ela me confirmou a possibilidade de envio, o valor, e me disse pra ligar no dia seguinte pela manha. Outro diazinho bem mais ou menos.

Dia 57 - Bogota

Sinceramente não to com muito saco pra cidades grandes. Sai com o Camilo trocamos o óleo, filtros, chequei o freio. Tentei ter mais informações sobre os navios de cartagena a colon, na empresa que tinha conversado por e-mail me passaram que só teriam saída em junho, o que me deixou um pouco assustado. Ligamos pra Carlos um outro participanete de clube land rover, que trabalha em outra empresa de transporte, ele me passou um valor bem mais caro, 1500 dolares, mas tem saidas dia 20 ou 25 de maio. Mais tarde me despedi de Camilo, em cara muito gente boa, e fui pra outro hotel que ele me havia indicado. Comi, fiquei na internet e fui dormir. Diazinho mais ou menos.

25 maio 2007

Dia 56 - Montenegro / Bogotá


Pela manha ainda conheci um primo da família, tomei café e segui em direção a Bogotá. A estrada é cheia de curvas fechadas, algumas vezes vc tem que esperar que um caminhão passar. Por todo caminho também muito militar.

Depois de passar a cordilheira central cruzei um vale até chegar a próxima cordilheira, onde esta Bogotá. Chegui umas 5 da tarde em Bogotá, procurei um albergue mas não gostei da localização. Ai fiz a cagada de achar que toda grande cidade é igual a são Paulo, tem hotel em qualquer lugar. Fiquei rodando por umas 3 horas, e os hotéis que via, ou eram muito ruins, ou muito caros. Acabei achando um, nem muito barato nem muito ruim e com garagem. Eram umas dez da noite quando consegui me alojar, e dormir. Antes falei com o Camilo, do clube land rover de Bogotá, que ficou de me mostrar um lugar onde trocar óleo e filtros.

Dia 55 - Pereira / Montenegro



Tomamos café, que aqui na Colômbia é muito mais parecido com o brasileiro, e comemos arepas, um pão de farinha de milho tostado. Jorge me convidou pra irmos almoçar na casa da mãe de Helena, amanha é dia das mães por aqui. Aceitei o convite, uma família muito simpática, um estilo de vida muito parecido com o nosso de classe media no Brasil. Almoçamos e seguimos para Salento, uma cidadezinha no pé da Serra Central aqui da Colombia, daqui se pode chegar ao Parque Nacional los Nevados. No caminho um pedágio e eu só pra variar não encontrei a carteira, e o Jorge já tinha passado na frente com seu carro. Provoquei a maior fila, ai um caminhoneiro que estava atrás de mim resolveu pagar meu pedágio. É verdade o cara pagou 8000 pesos colombianos (uns 8 reais) e foi se embora. Não falei que o pessoal aqui na Colômbia é extremamente prestativo. Seguimos viagem, depois de achar a carteira, até Salento, é uma vila pequena, bem arrumadinha cheia de artesanato e uma pracinha com restaurantes de comida típica.

Tem um mirador de onde se veria os montes nevados, e obviamente estava nublado. Fizemos uma paradinha pra uma cervaja e um Patacon, uma “panquequa” feita com banana e frita recheada com carne e temperos, muito bom.

Seguimos em direção a Montenegro para o sitio do Eduardo, depois de muita chuva na estrada, chegamos a um sitio muito simpático. Como eduardo tem planos de fazer uma viagem pela America do sul com o Sebastiao seu filho, fiquei um bom tempo lhe mostrando opções e lugares pra visitar.

Dia 54 - Cali / Pereira

Pra sair de Cali me perdi um pouco, a cidade é bem grandinha. Na estrada em direção a pereira muita plantação de cana e muito militar. Passei por cidades menores, mas bem organizadas. Cheguei em Pereira umas 2 da tarde a cidade tem uns 300mil habitantes e me pareceu bem moderna comparada com as cidades que vi no peru e ecuador.

Almocei e fui pra internet, liguei pro Jorge Eduardo, um cara do clube land rover daqui, combinamos de nos encontrar. Ele apareceu com um Land Rover Series II de 1961, por aqui esse é o land rover mais comum. Fomos encontrar o pessoal do clube. Tinham uns 6 me esperando quando cheguei, todos com seus series, um pessoal bem empolgado e extramamente simpático, que adora conversar sobre carro e viagens.

Ficamos por ali batendo papo por um bom tempo, o Humberto dono da oficina e organizador do clube colocou um selo no carro. Fomos pra casa do Jorge Eduardo, em um condomínio de casas muito tranqüilo, passaria a noite por ali e no dia seguinte iria pra Salento. Jantamos e conversamos bastante sobre política, economia, relações internacionais, turismo, viagens e muito mais. Me dei conta que nessa viagem conheci gente de todo tipo, humilde, simples, e gente como o Jorge e sua esposa, gente com mais condições, mais conhecimento. Pra mim, a melhor parte da viagem tem sido ver as diferenças entre essas pessoas.

23 maio 2007

O carro foi...

Bom o carro ta num conteiner no porto, acho! sexta eu vou pro panama e se tudo der certo vejo o carro no sabado ou domingo. Abraco.

18 maio 2007

Enfim.... o Caribe!

Seguinte, ja estou no caribe, em santa marta. Aqui vou tirar uns dias de folga na beira da praia, e dia 26 sigo pro panama, se tudo der certo o carro tambem vai. Depois mando mais detalhes da Colombia, um dos melhores paises que passei ate agora, a gente daqui é extremamente simpatica e prestativa, e me pareceu mais seguro que o Rio de Janeiro. As FOTOS estao aqui. ate mais!

15 maio 2007

Dei uma atualizada!

Eu sei que to meio atrasado mas ai foi uma atualizacaozinha, ainda falta coisa. Agora estou em Bogota tentando resolver como levar o carro pro Panama. A colombia e' um pais muito legal, e mais seguro que muito lugar no Brasil. E a gente daqui e' extramamente amavel e receptiva. Abraco
Ate mais!!

Dia 53 - Cali

Dormi bastante, acordei e comecei a atualizar o blog. Passei boa parte do dia no hostel pensando em um roteiro pros próximos dias. Tambem fui a internet fazer contato com o pessoal do clube land rover aqui da Colômbia. Almocei e fui ao centro dar uma volta, eh muito parecido com são Paulo, a confusão de carros, pessoas, vendedores e gente andando apressada. Voltei ao hostel e agora vou me preparar pros próximos dias, amanha sigo a Pereira e vou encontrar um camarada do Clube Land Rover. Estou tentando agendar o navio pra ir ateh o panamá. Enquanto isso vou passear um pouco pela Colômbia, tem muita coisa pra conhecer por aqui e pouco tempo.

Dia 52 - Pasto / Cali

As 8 horas fui a internet tentar planejar o roteiro pela Colômbia, peguei algumas informações sobre... os vulcões da região. Mas obviamente a chuva caiu forte, e apesar de estar ao lado do vulcao Galera, o mais ativo na Colômbia, não vi nem fumacinha. Segui em direção a Popayan, aparentemente um destino seguro. A dica de todo mundo ‘e não viajar a noite e não sair das vias principais. Cheguei cedo a popayan, depois de passar por montanhas e vales muito bonitos. Resolvi tocar a Cali, afinal eram so 140km. O problema eh que a quantidade de curva e serras por aqui eh absurd. 140km são feito em 3horinhas. Pra facilitar peguei um acidente que me atrasou uma hora. A quantidade de militares pela estrada asssuta um pouco, mas ao mesmo tempo da muito tranqüilidade pra viajar por aqui. O que chama a atenção eh como eles dirigem por essas serras, a estrada eh boa, mas a quantidade de curvas tornaria difícil qualquer ultrapassagem, tornaria... aqui se percebe onde o Montoya aprendeu a dirigir. Lembrei dos meus tempos de BR101 não duplicada e acompanhei o ritmo do pessoal. No caminho achei um guia de estradas muito bom da Colômbia, infelizmente não tinha o mapa de Cali, mas me assustei quando descobri que tem 2milhoes de habitantes. Cheguei na hora do rush, transito terrível, estilo São Paulo. Fui tentar encontrar um hostel que os franceses haviam me indicado. Depois de perguntar muito cheguei ao centro da cidade. Parei num posto e conheci o Cesar e seu filho Juan, que se ofereceram pra me levar ao endereço. To achando que o pessoal aqui na Colômbia eh extremamente simpático e prestativo. Cheguei ao albergue, mas como não tinham garagem fui a outro perto dali. Guardei as coisas e capotei, dirigir por estas montanhas eh um pouco cansativo, eh muita curva, muito sobe e desce e a media por hora não passa de 50km/h.

Dia 51 - Polilepis, Ecuador / Pasto, Colombia

Tomei o café da manha e toquei em direção a outras lagunas, foram 2 horas de estrada de terra, e cheguei a umas lagoas muito bonitas a 3800 metros de altura. As lagoas foram reduzidas pelas cinzas do vulcão chili ( que obviamente estava encoberto) há 500 anos. Não posso dizer que conheço bem o ecuador, acbei passando muito rápido por aqui, mas gostei muito dos amigos que fiz e espero voltar aqui. Passei a fronteira para a Colômbia a uma da tarde, encontrei um casal de brasileiros e um português viajando aos estados unidos em moto. Trocamos uma idéia e nos despedimos, eu terminei os tramites e segui ate Las Lajas, uma Igreja construída num penhasco a beira de um rio, o visual ‘e muito bonito, o altar da igreja e construído sobre a rocha. Dali segui a Pasto onde passaria a noite pensando num roteiro para cruzar a Colômbia ate cartagena. Demorei bastante pra achar um hotel barato, já estava partindo pros hotéis mais caros quando vi o Gonzalo ( o português) na rua, me indicou o hotel em que estavam e la fui eu. Me hospedei guardei o carro e sai pra jantar com os 4 viajantes. Joel tem uns 60 anos e decidiu sair com sua esposa pra visitar um amigo nos estado unidos, pegou a moto e ate agora tudo bem. Gonzalo ‘e português e já viajou por vários lugares, escreve pra uma revista, saiu de Buenos Aires e vai ate nova Iorque, foi roubado no peru, perdeu câmera, documentos e roupas, mas continua firme e forte. E o Jason (acho que e isso ) e um ingles que já esta na sua segunda volta ao mundo, e anda sem mapa. Bebemos umas cervejas e conversamos sobre as experiências de cada um, foi uma boa noite.

Dia 50 - Quito / Polilepis

O dia amanheceu claro, sem nuvens no céu... opa vou até o vulcão...mas antes que eu saísse do banheiro o tempo fechou. Isso só pode ser um complô, não consegui ver um vulcaozinho descentemente até agora. Bom que seja, fui em direção ao norte passando pela tal Metade do Mundo, um monumento demarcando a linha do ecuador, coisa pra turista, me tomaram 7 dolares pra ver umas linhas no chão. Beleza, agora segui em direção a Ibarra, a estrada por aqui é muito boa, e o visual muito legal, pena que todos os 5 vulcoes que eu poderia ver pelo caminho estavam encobertos pelas nuvens. Passei por Otavalo, centro de artesanato indigina, só passei, nada de compras. Cheguei a Ibarra muito cedo, o ecuador é muito menor que os países por onde tenho passado, em meio dia já estava perto da fronteira com a Colômbia. Para não dizer que não conhecia nada por aqui, resolvi tentar a sugestão do amigo que conheci no restaurante, passar por El Angel pra ver umas lagunas e dormir em uma hosteria chamada Polilepys. Uma hora de estrada de terra e cheguei lá, o preço é meio caro, 50 dolares, chorei um pouco e me fizeram por 20. O Alberto me levou pra um passeio a pé pelo bosque de polilepys, arvore nativa daqui. A região e muito boa pra quem quer descansar, o hotel fica dentro de uma reserva nacional. Jantei uma truta, criada ali mesmo, e fui dormir.

Dia 49 - La Esperanza / Quito

Sai de La Esperanza cedo, com chuva e neblina, o caminho é todo serra acima, cheio de curva, e fazer 100km aqui no ecuador não é tão rápido como no Brasil. Deveria parar em uma laguna no meio do caminho até quito, mas a chuva me desanimou. Passei por vários povoados indígenas, lugares muito interessantes, mas não parei. Cheguei a Latacunga e dali deveria procurar mais um vulcão, o mais ativo do ecuador, novamente a chuva escondia qualquer vulcão a minha volta. Toquei em direção a quito , infelizmente estou com a sensação de que estou passando muito rápido pelo ecuador. Ao meio dia parei pra almoçar, acabei parando num restaurante bem conhecido quito. Como tinha internet wi-fi fiquei por ali enrolando. Conheci duas brasileiras que trabalham no consulado de quito, por coincidência sentaram na mesa ao lado, me deram varias dicas sobre o ecuador e um mapinha de quito. Ao sair conheci um equatoriano que esta pra comprar sua Land Rover, ele deve fazer uma viagem até machupicchu com seu filho de 7 anos em breve. Segui a quito, cheguei a região de Mariscal, pelo que me disseram o bairro mais interessante de quito. No albergue não tinham garagem, rodei uma hora pela região, e achei um pulgueirinho por 7dolares e com garagem. Me ajeitei, tomei um banho ( cá entre nós o primeiro depois de 3 dias ), e fui ao centro histórico muito bem cuidado, com uma iluminação bem feita destacando todos os prédios mais antigos da cidade. Voltei a mariscal e fui comer, achei um restaurante brasileiro que vende pizza barato. Normalmente não gosto destes restaurantes brasileiros fora do país, ou são muito caros e não atendem bem pessoas que gastam pouco, ou são muito ruins e tocam axé e musica brega, era o caso deste. A pizza até que não era ruim, mas era estilo carioca, e vamos concordar que não é a melhor pizza brasileira. Fui dormir sem fome. Amanha a idéia é conhecer quito, e talvez ir até o vulcão cotapaxi se o clima ajudar.

Dia 48 - Guayaquil / La Esperanza

Dormi mal porque não achei a tampa do colchão inflável, e o carro ta uma zona. Levantei e troquei algumas infomações com os franceses, eles obviamente são muito mais organizados que eu. Me deram varias dicas para chegar até o Alaska (eles estao indo pro sul, já passaram pelo Alaska, estados unidos e América central.) Sai dali as 8 horas e fui ao centro de Guayaquil a 10km, tinha certeza que conseguiria ir a galapagos, que nada. As passagens áreas pra estrangeiros estao 360 dolares, e são mais 100 dolares pra entrar no arquipélago, ao todo iria gasta 550,00 dolares, infelizmente esta fora do meu orçamento, esse é mais um lugar pra próxima viagem. Já faz uma semana que estou sem o conversor, que me permite carregar a bateria dos equipamentos (filmadora, maq fotográfica, GPS, palm) tenho me virado, mas é um saco. Resolvi procurar um conversor aqui por Guayaquil. Mas antes passei no aeroporto ver se tinham alguma passagem mais barata ou coisa assim, nem de longe, e a opção de ir de barco demoraria muito. Achei um shopping e rezei pra achar o tal conversor, e.. finalmente uma RadioShack (não é propaganda), mas essa loja é duk.. perguntei se tinham e prontamente ele me ofereceu varias opções. Guayaquil é uma cidade muito grande e moderna, acho que a utilização do dólar por aqui também tornou a cidade mais americanizada, todas as lojas no shopping são grandes marcas americanas, e todos os fast food estao por aqui. Meu tempo de shopping foi 2 horas, logo resolvi seguir viagem. Fui em direção a Quevedo seguindo dica dos franceses. As 18 horas comecei a subir a serra e começou a chover, passei por um pueblito e arrumei uma pousado, casa da dona Carmelita, muito simpática. Ela ficou admirada quando viu eu preparar uma sopa instantânea dessas e me pediu uma para experimentar. Para ela deve ser melhor comer essa comida por que ela vê os europeus que passam por aqui, e acha eles muito saudáveis, coradinhos, provavelmente pela comida instantânea que comem. Tentei explicar que não é bem assim, mas acho que ela gostou mesmo da comida instantânea.

Dia 47 - Arenillas / Guayaquil

Levantei com o barulho do pessoal na oficina, David me falou que o carro estaria pronto até meio dia. Desci e o guri que estava arrumando o carro me mostrou o tal do “clutch”(não tenho a mínima idéia do nome em português, e nem se é assim que se escreve). Bom, ele disse que poderia arrumar, então ta né. Fiquei por ali peruando, batendo papo com o David, sobre o ecuador, sobre seu problema de saúde. Ele sofreu um derrame há dois anos, e teve todo lado direito do corpo paralisado. Está fazendo fisioterapia, mas tem dificuldade para movimentar-se, também tem certa dificuldade pra falar, mas conseguimos nos entender bem e acabamos amigos. Me disse que teve o derrame porque trabalhava demais, também fazia muita festa e não se cuidou. Agora tem fé em Deus que vai melhorar, e voltar a trabalhar como antes, hoje outros mecânicos mais novos fazem o serviço que ele supervisiona de perto. Fui almoçar enquanto o pessoal montava a caixa. As três da tarde finalmente ligamos o carro, ele fez um ajuste no freio de mão e estava pronto pra ir. Me despedi de todos e tirei uma foto, prometi a David que em minha viagem se soubesse de algum medico pra lhe ajudar iria ligar. Não sei quanto vou poder ajudar, mas esse é um cara que merece melhorar, gente finíssima. Na verdade ontem pensava em escrever sobre os problemas com o carro, mas agora acho que até esses problemas me permitiram fazer novos amigos, e tornar a viagem muito mais interessantes. Sai de Arenillas as 4 da tarde, toquei em direção a Guayaquil, a estrada é tem trechos horríveis, mas na media final é bem boa. Chegando a Guayaquil as 7 horas passei pelo pedágio e vi uma defender estacionada. Novamente resolvi parar e fazer amigos. Conheci o casal de franceses Fabrice e Valerie, viajantes de carteirinha, já foram a quase todos os continentes acompanhados do filhos de 14 e 12 anos (acho). Eles me convidaram pra jantar, e ficamos por ali, conversando sobre viagens, americanos, latinos, land rover, viagens pela áfrica, Irã e europa. Eles são muito mais preparados que eu e quase sempre ficam em campings. Fui dormir com o barulho dos caminhões que passavam por ali toda noite.

Dia 46 - Sullana, Peru / Arenillas, Ecuador

Acordei cedo na esperança que a estrada estivesse liberada, nada feito. Segui para Macara, uma outra entrada para o Ecuador, mas perdi o litoral norte do peru que dizem ser muito bom. Em uma hora cheguei a fronteira, e foi uma das mais rápidas até agora. Tanto pra sair do Peru como a entrada no ecuador. Aqui já se vê o começo de floresta, um alivio depois de tanto deserto. Entrei no ecuador sem qualquer informaçao de onde ir, sabia que queria chegar a Guayaquil para tentar chegar a galapagos. Parei em uma cidadezinha perto da fronteira, e me indicaram o caminho mais rápido a Guayaquil. Segui viagem, fui parado numa blitz do exercito, revistaram todo o carro, e me deram dicas de onde passar no ecuador. De Macara segui até Alamor por uma estrada de asfalto passando por muita serra e curva. Um passeio tranqüilo cruzando pequeno vilarejos no meio da serra. Já perto de Alamor no pé da serra, muito perto de Guayaquil, a embreagem travou... Em pouco tempo aprendi a passar a marcha sem embreagem ( o que no defender é relativamente fácil ). A cidade mais próxima estava a 30km, Arenillas. Achei um posto de combustível e parei pra abastecer e pedir informações. Não tinha combustível.. mas me indicaram o centro da cidade. Pra sair dali aprendi a arrancar o carro sem embreagem, um truquezinho fácil usando a reduzida. Em direção ao centro de Arenillas avistei uma oficina bem movimentada e com boa aparência. Parei. Eu achava que era só vazamento de fluido, mas o mecânico disse que era o disco de embreagem. Sem muita saída, resolvi deixa-lo abrir a caixa e fazer o reparo. É um risco que tenho que correr deixar um desconhecido mexer no carro. Fiquei no cangote dele o tempo todo, mesmo não entendo bulhufas de mecânica, mas depois de uns dez parafusos percebi que o guri sabia o que fazia. Me tranqüilizei mais, bati bapo com os clientes da oficina, todos me falavam bem do David dono da oficina e que era o melhor lugar da região. Dessa vez acho que meu sexto sentido acertou em cheio (até que ele tem funcionado bem ultimamente). Conheci um equatoriano deportado, David morou 13 anos nos estados unidos e há um mês foi pego sem o visto, não pretende voltar tão cedo, prefere viver no ecuador em liberdade do que correr o risco de ser preso, agora esta tentando conseguir um visto pra voltar legalmente, mas só depois de 5 anos. Me falou que levou 4 meses para passar da Guatemala ao México e finalmente cruzar a fronteira americana. Conheci também um senhor, que me falou de economia e política enquanto David ( o dono da oficina ) arrumava seu carro usando o método tentativa e erro. Tambem conheci dois pedreiros muito curiosos sobre a viagem até o alaska me mostraram um pouco da musica local e falaram dos lugares que deveria conhecer, mesmo que eles nunca tenham saído muito longe de sua cidade. O David me falou que o carro só ficaria pronto no dia seguinte e me ofereceu um quarto pra eu passar a noite, aceitei. O pessoal todo por aqui é muito simpático, a esposa de David sugeriu que fossemos dar uma volta pela cidade. Saimos eu, David seu filho e um amigo deles em direção a uma cidade vizinha na fronteira com o peru. No caminho uma manifestação por alguma ponte que vão construir, dois grupos os a favor e os contra a tal ponte, ocupavam toda a estrada lado a lado. Muito diferente dos protestos no Peru, aqui parecia mais uma festa, gente com bandeiras e faixas, em carros, motos, caminhões e ônibus. Passamos lentamente pelos manifestante e chegamos a uma barraca. Ali comemos um belo prato feito de carne de porco por um dólar e meio. Segundo David este é o melhor PF da região, e de verdade gostei bastante. Voltamos a Arenillas e antes de dormir sentei na sala com David e sua esposa pra conversarmos mais um pouco, falamos mais de religião e apesar de não chegarmos em um consenso foi um bom papo. Boa Noite!

Dia 45 - Tortuga / Sullana

Acordei arrumei as coisas e toquei em direção a mancara, uma cidade no litoral norte do peru. Pelo caminho fui lembrando dos policiais, infelizmente esses caras estragam a imagem do pais, fiz vários amigos por aqui e sei que esses policiais não são a regra no Peru. Tambem lembrei do policial argentino, muito conhecido por todos os brasileiros que passam pelo chaco, e sei que também existe isso no Brasil. Acho que até agora tive mais medo dos policiais que de qualquer outra coisa. Mas finalmente mais um policial me parou, desta vez acompanhado de uma representante da prefeitura, me tascou uma multa por excesso de velocidade, estava a 66 em uma zona de 45. Ele me mostrou a foto do radar, e me indicaram onde deveria pagar a multa de 60 soles. Andei uns 100 metros paguei a multa em um posto da prefeitura e continuei viagem. Acho que fiquei mais confiante, pelo menos dessa vez foi tudo resolvido oficialmente. Cheguei a Sullana dali em mais uma hora estaria no meu destino de hoje.. estaria, mais um protesto interrompendo a estrada. Dessa vez era um protesto de agricultures, fiz meia volta e procurei um hotel. Achei um pulgueirinho bem barato, mas não tinha estacionamento, o cara me prometeu alguém pra cuidar do carro. As 10 da noite escutei o alarme do carro e corri, aparentemente o cara que estava cuidando do carro voi checar as portas e descobri que a porta traseira não tranca mais. Bom, sai dali em busca de um hotel com garagem, achei um a uma quadra dali, muito melhor e por um preço bem razoável. E com internet. Dormi que foi uma maravilha.

Dia 44 - Lima / Tortuga

O café da manha no hostel tem sido muito agradável, o pessoal sente e conversa sobre suas viagens, quem foi pra onde,dicas do que fazer pra quem esta começando. Hoje conheci um canadense que mora em calgary, um cara gente boa, vai até machu Picchu, só uma semana de férias. Tinham também dois israelenses e mais dois alemães mais novos. Acabei me enrolando no bate papo, e sai mais tarde que previa. Decidi chegar mais rápido possível ao norte do Peru, por isso acabei indo pelo litoral, deixei a cordilheira blanca pra próxima ( dizem que é uma região muito bonita pra passar. Uma hora depois de lima, primeira blitz policial... um primeiro policial veio verificou os documentos e já estava me liberando quando um outro, com pinta de gala de novela mexicana se aproximou, falou alguma coisa no celular e me disse que tinha passado acima da velocidade em algum ponto da rodovia. Nem comentei que estava indo mais devagar que todo mundo por ali pra não levantar discussão. Ele me falou que teria que pagar a multa de 169 soles na prefeitura e coisa e tal. Eu calmamente aceitei a multa e lhe disse que estava sem dinheiro por isso precisava mesmo ir a cidade pra tirar dinheiro. Ele me perguntou se tinha alguma coisa e que ele mesmo ia até a prefeitura pagar pra mim.. aham. Ai comecei a encenação disse pra ele que ia procurar alguma coisa no carro. Abri todas as portas e ia de um lado pro outro remexendo minhas coisas procurando alguma coisa que obviamente nunca ia achar, depois de dez minutos acho que ele se cansou e me liberou. Aham! Continuei meio puto foi a primeira vez que aconteceu isso nessa viagem, por mais que eu soubesse que ia acontecer fiquei muito puto. Mas decidi que a tática seria a do cansaço daqui pra frente. Passei batido pela cidade mais antiga das Américas, de mal humor. Cheguei a uma praia em Barranca, chamada chorrilhos, me lembrou um pouco a barra da lagoa no inverno. Conheci dois caras e uma mulher ali da região, o pai deles já fez a viagem dos estados unidos ao peru varias vezes, também estiveram no Brasil, de carro, La pela começo de 80. Isso sim é aventura. Comi uma espécie de paella com file de peixe muito bom. Fiquei ali apreciando o visual por uns minutos pra relaxar. Sai e em 5 minutos outro guardinha me parou, esses foram mais cara de pau, inventaram um tal de seguro, um deles quando soube que eu ia até os estados unidos quis me liberar, o outro ficou me enrolando. Como eu disse que estava disposto a pagar e que não tinha problema ele inventou que so poderia pagar em uma cidade a 200km dali, hehehe Lima estava há 190, ai mostrei o GPS e pedi que me indicasse a cidade, ele se enrolou todo. Voltei a tática de procurar o dinheiro pelo carro, abri as portas e fiquei mais uns dez minutos, ai lembrei de ligar a câmera de vídeo, então eles finalmente desistiram e pediram uma contribuição. A cagada foi que no final eu abri a carteira pra mostrar que não tinha nada, e pior que tinha 20 soles, bom menos mal 20 soles do que 180soles. Toquei e pelo caminho todo varias viaturas, so uma me parou, mas não pediu nada, e uma fez mensao de me parar mas eu fiz que não vi passei direto. Cheguei a um lugar chamado La Tortuga, um balneário turístico, mas fora da temporada é um deserto, achei uma pousada de uma senhora por 20 soles e fiquei por ali.

Dia 43 - Lima

Sai cedo pra chegar ao mecânico as 8, achei que ia me perder muito rápido, mas na verdade lembrei de todo o caminho e cheguei no Nacho ( o mecânico ) bem fácil. A oficina é bem de fundo de quintal, mas os caras parecem entender bem do assunto, tinha 5 ou seis land rover series (das antigas) sendo restauradas ali. Comecamos trocando o óleo e arrumando a chave de luz. Isso levou ums 3horas, tudo bem, tinha o dia todo. Nacho sugeriu engraxar o cubo de roda, eu tinha entendido outra coisa, quando vi ele já tava fazendo. Bom, fui almoçar num boteco por 3 soles, básico, macarrão frango ensopado e a sopa. Voltei e eles continuavam nas rodas, peguei minha cadeirinha no carro e sentei. La pelas 2 horas apareceu um senhor interessando em ver o carro, o pessoal chama ele de professor, um cara simples dono de um land rover series. Aqui tem muito desses land rover antigos, aparentemente o governo tinha muitos desses e começou a leiloa-los quando envelheceram, o pessoal compra muito barato e restaura. Ficam com um carro muito bom pras estradas no interior do peru. Depois chegou o Lalo um gurizao, também dono de um Series. Ficamos ali batendo papo conversando sobre land rovers principalmente. Eles ficaram muito interessados no quebra mato do carro e tiraram fotos de tudo. La pelas 6 da tarde o carro estava pronto, mas descobrimos que havia um vazamento no filtro de óleo, demos uma apertada, mas acho que isso ainda vai me incomodar. Voltei ao hostel. Dormi cedo.

10 maio 2007

Fotos

O album ta dividido, e meio bagunçado, quem sabe um dia eu arrume, mas o link é esse. aqui http://picasaweb.google.com.br/Sergioseverino
To em cali na colombia. já já eu atualizo.

05 maio 2007

Tudo indo..

Bom, ainda to viajando, mas a internet ta meio dificil ultimamente... na verdade tambem nao to muito a fim de ficar no computador... mas.. sai de lima fui extorquido duas vezes, escapei sem pagar nada, e tomei uma multa(justa)... passei em uma praia deserta La Tortuga. Na saida do Peru havia outro protesto bloqueando a estrada, tomei um desvio e cheguei ao ecuador, o carro perdeu a embreagem, fiquei dois dias arrumando num amigo que virou um amigo, e agora estou em guaiquil, a ponto de desistir de galapos, vai sair muito mais caro que pensava. Abraco a todos, depois desenvolvo melhor o assunto... ah conheci um casal de franceses viajando com seus filhos tambem num land rover, pessoal muito legal. fui!

03 maio 2007

Dia 42 - Lima

Acordei cedo comecei a escrever pro blog ( que saco ) tomei café e fiquei batendo papo com um pessoa aqui do hostel. Um frances e um argentino, pessoal gente boa. Fui almoçar num restaurante tipo “Sport bar”, meio caro mas estava querendo variar um pouco. Encontrei o Paul, que veio com seu LandRover Series, uma preciosidade que parecia zero. Fui seguindo ele ao mecânico, levou uma meia hora. Chegamos lá e infelizmente ele não tinha tudo que eu precisava, combinamos de eu passar lá amanha. Vou tentar, o caminho é meio complicado, e não estava com o GPs que esta sem bateria. Fui

Dia 41 - Nazca / Lima

Tomei um belo café da manha, segui em direcao a torre de observação das linhas de nasça. Dali só é possível ver dois desenhos , mas tudo bem, não estava muito a fim de gastar 45 dolares pelo vôo. Da torre da pra ter uma idéia de como é o esquema. Continuei e mais a frente parei no museu dedicado a mulher que estodou as linhas de nasça. Normalmente tenho evitado os museus, acho muito chato, mas esse era pequeno e a historia da mulher é muito legal. Sai dali em direção a Ica pra ficar em um Oasis no deserto (so podia ser no deserto né ) Acabei passando direto e não quis voltar, toquei em direção a Lima, resolvi fazer um pit stop pra dar uma geral no carro. A estrada é bom, mas novamente uns 100km antes de Lima, a tal neblina no meio do deserto. Como ainda era cedo não me preocupei, cheguei a lima umas 15h, o transito é horrível, muito parecido com são Paulo, então não tive problemas em me orientar por aqui, e como em toda cidade aqui no peru, tudo funciona na base da buzina. A preferencial é de quem buzinar primeiro, acho. Consegui chegar a miraflores relativamente rápido, foi a internet achei os hostels e me alojei. Fui comer na praça de miraflores, mais uma pra coleção de praças. Miraflores é uma espécie de rigiao nobre de lima, e caminhar pela praça parece um bom programa, tem teatro na rua, alguns músicos, e artesões. Queria comer algo simples, passei por todos fast food daqui, alguns restaurantes mais caros e um restaurante brasileiro. Por experiência própria evito os restaurantes brasileiros no exterior, geralmente são caros, e dificilmente a feijoada é boa. Achei uma lanchonete, pedi um monumental, e ai assim me senti em casa. O lanche era enorme, tipo um x-tudo do House em Floripa. Matei a fome e a saudade de casa numa só. Voltei ao hostel, e o Paul ligou, conheci ele pelo landrover club do peru, ele me deu varias informações de onde levar o carro. Saimos e fomos passear pelo centro histórico de lima. A cidade me pareceu bem bonita a noite, muita luz iluminando os prédios históricos. Voltamos ao Hostel e Paul se prontificou a ir comigo ao mecânico amanha pra trocar o óleo e dar uma geral.

Dia 40 - Cusco / Nazca

Tomei café arrumei tudo e sai de cusco as 9 horas, pelo caminho tudo tranqüilo, passei por alguns canyos e vales muito legais, cheguei a 4800m de altura, em Puquio ( uma cidade muito pobre e estranha ) começou o pior trecho da viagem, a estrada piorou muito e entrei numa das piores neblinas que já vi. A visibilidade era de uns 5 metros acho. Finalmente a neblina passou vi um por do sol maravilhoso sobre as nuvens. Quando já estava escuro vi as luzes da cidade lá em baixo no pé da montanha, achei que estava perto. Comecei a descer, derepente os faróis se aparam por um instante, achei que fosse algo na bateria, mas uns minutos depois se apagou de vez. Meio assustado descobri que era mal contato na chave de luz. Pra não correr risco de perder a luz no meio das milhares de curva desta serra fui segurando a luz alta até chegar a Nazca. Como tenho feito quase sempre, parei em uma internet procurei os hostels, e achei um bem perto do centro. Guardei as coisas, e fui a praça que estava bem movimentada. O lugar me pareceu muito agradável apesar de estar no meio do deserto.

Dia 39 - Aguas Calientes / Cusco

A idéia era ir de trem até a hidroelétrica e pegar o carro em santa teresa, combinado com o Gregory ( o Polones) de ir juntos. Mas nos passaram o horário errado do trem que saiu mais cedo. O Gregory não apareceu e seguimos viagem. Eu comecei o dia de mal humor, pelo trem e pelo preço da passagem 8 dolares por 30min de trem. Uma senhora quéchua que viajava ao nosso lado se espantou com valor cobrado, e me disse que eu estava pagando a passagem de 10 pessoas. Por aqui todo turista paga muito mais por tudo. Chegamos a Santa Teresa pegamos o carro e partimos em direção a santa Maria cruzando os penhascos e montanhas. Ainda de mal humor chegamos ao bloqueio antes de cruzar a montanha até ollantaitambo. Ali conheci um policial que me reclamou da política e da economia do peru. Comemos um arroz com frango na beira da estrada, muito bom. Ao meio dia a estrada foi liberada e tocamos pra cusco, as 16h chegamos lá . Fomos até um bairro mais afastado para lavar o carro, voltamos ao hostel e fiquei pela internet. Só.

Guia para Machu Picchu Alternativo

Guia Turistico .. sair de cusco ate ollantaitambo de onibus, daí pegar um ônibus até santa Maria, daí uma van até santa Teresa, e outra até a hidroelétrica, caminhar pelos trilhos até águas calientes, durma lá. No dia seguinte va até machupichu, 6 horas são suficiente para conhecer tudo. Daí, é só voltar. Você deve gastar uns 20 dolares mais a entrada do parque, se optar pelos tours de cusco o mais barato com trem, entrada, uma noite em águas calientes deve sair 135 doletas.

Dia 38 - Machupicchu

Acordei as 5 da manha, choveu quase toda noite, minha maior preocupação é com a estrada na volta pra cusco, a essa altura já deve ter caído mais alguma barreira. Enfim, decidi subir de ônibus, mais 6 doletas só pra economizar minhas pernas. Cheguei a entrada das ruínas! As primeiras impressões são de que fui enganado... a chuva não deixa ver muita coisa e as ruinas se parecem como qualquer outra. Vou seguinho um grupo de turistas pra aproveitar as informações do guia. A chuva piora e paramos num lugar protegido. As 8 horas resolvi começar a subida a wainpicchu, estava contando que ao chegar lá em cima as nuvens já teriam passado.. a subida é difícil, mas qualquer um pode fazer. A maioria das pessoas leva 1h eu tomei mais meia hora de paradas estratégicas para oxigenação. Cheguei lá e o que impressiona é como esses malucos conseguiram colocar essas pedras em cima destas pedras. La em cima todos parecem amigos, se cumprimentam em espanhol, inglês, Frances, subir ali torna todos conhecidos. Falei pra eles que ia esperar até o sol aparecer. A maioria desceu antes, três horas depois eu estava lá em cima, com outros novos amigos, e finalmente os 40 dolares se pagaram... (aqui fica um silencio de 10 minutos ) ... Acho que não tenho domínio suficiente do português pra descrever o lugar... Ducaralho!!!!
Comecei a descer, o sol já dominava toda a montanha e eu não cansava de admirá-la.. O tempo todo vc cruza com gente, conversa como se fossem conhecidos, na maioria das vezes não sei o nome nem de onde são. Apenas comentamos sobre machu Picchu e seguimos caminhando. Passei pela cidadela, encontrei um polonês que havia conhecido em santa Teresa. Seguimos juntos até a ponte inca, dispensável. Daí, mais uma das dezenas de paradas para admirar o visual. Seguimos ao Portal do Sol, mais um silencio... As 4 horas voltamos a águas calientes, a pé, seguimos devagar pelo cansaço, mas muito mais para degustar o prazer de estar nesse lugar. Valeu!

Dia 37 - Santa Maria / Aguas Calientes

Dormimos no carro, acordamos as 6 e descobrimos que os ônibus de cusco não haviam chegado por algum desmoronamento na estrada que passamos na noite anterios, ainda bem que passamos. Seguimos em direção a Santa Teresa, estrada de terra, cheia de buracos. Assim que começamos a subir percebi que não seria tão simples. A estrada só tem passagem para um carro De um lado a montanha e do outro... ar. Não tenho idéia como esses caras conseguem abrir estradas por aqui, o tereno é extremamente íngreme. Lentamente vou cruzando rios e fazendo curvas de 180 graus, são apenas 38km que são percorridos em uma hora e meia, impossível ir mais rápido ( e olha quem ta falando). Num certo ponto fico em duvida se é possível passar, a passagem é estreita, feita sobre um deslizamento de terra com boa inclinação pro lado esquerdo e de terreno argiloso, ou seja, se o carro escorregar a proxima parada é o rio a uns mil metros abaixo. Olhei, olhei, engatei reduzida, travei o diferencial.... seja o que deus quiser. Foi a primeira vez que tive realmente medo de perder o controle do carro. Passei, e mais alguns rios e dois penhascos depois chegamos a Santa Teresa. Uma cidade pequena, que foi devastada em 97 por um “aluvion” ( não lembro a palavra em português ) a montanha desceu pelo rio e devastou todo o vale. Ainda há marcas do desastre e as pessoas aqui lembram hora e data em que varias pessoas morreram. Há dois anos a cidade foi descoberta como um ponto alternativo para se chegar a águas calientes e começa a crescer a industria turística por aqui. Muito mais barata que cusco ou águas calientes, aqui vêem os mochileiros que querem evitar o custo do trem que sai de cusco. Bom, deixamos o carro estacionado no centro de saúde, e pegamos uma van até a hidroletrica, na verdade até o próximo deslizamento, que aconteceu há dois dias. A estrada continua por precipícios e no meio do caminho se pode ver o túnel da hidroelétrica que desvia a água por baixo da estrada. De onde a van nos deixou seguimos caminhando pelos trilhos do tredm até águas caliente, são 3 horas pra um paulistano sedentário, e 2 horas pra a maioria do pessoal. Vamos parando para apreciar a vista e de alguns pontos já se vê as ruínas de machupicchu. Os trilhos contornam a montanha Machu Picchu até águas calientes. Tambem passando por algumas cachoeiras muito bonitas. Chegamos a Aguas Calientes as 14 horas e fomos comer, um menu ( o prato da casa) saiu 5 soles. Depois procuramos por um hostel, achei um por 10 soles por pessoa, mas o Cesar disse ter um amigo que podia conseguir algo mais barato, acabamos em um hostel meia boca, que saiu o mesmo preço. Bom, eu estava acabado, Cesar foi para as piscinas termais, eu fui pra praça. Me sentei e fiquei vendo a cidade passar, me lembrei das varias praças em que estive até agora... mas isso é outro texto. Comprei a entreda para machu Picchu, 40 doletas, espero que essas tais ruínas sejam tudo isso mesmo. Boa noite!

Dia 36 - Cusco / Santa Maria

As 9 horas fomos ao centro de informações para saber como chegar de carro até lá. Nos disseram que era impossível, voltamos ao hotel e fui na internet procurar informações, descobri que existe uma alternativa, e resolvi tentar...
Eu e o Cesar saímos as 2h em direção a Olaytan... e passando ao lado das ruínas chegamos a estrada que leva a Santa Maria. Depois de 2km de terra começa uma estrada asfaltada muito boa. De 2000m subimos a 4600 muito rápido, mas chegando ao topo, a estrada estava fechada. Descobrimos que só abrem a estrada ao meio dia e depois das 5. Ficamos por ali conversando com o pessoal da fila, conheci dois motoristas de ambulância, e um senhor chamado Juan, que é agrônomo. Ele me explicou as varias fases de reforma agrária, disse conhecer um pouco do Brasil e acha a agricultura no Brasil mais profissional, eu digo que acho muito latifundiária, e ele acha queno peru foi muito mal distribuída a terra. Bom, o frio aumenta e vamos cada um pro seu carro. A estrada é liberada, e sigo o pessoal da ambulância, daqui pra frente nada de asfalto nem sinalização, algumas vezes nem da pra dizer que é estrada. Mas o visual é incrível montanhas nevadas e um por do sol espetacular. Agora é só descida, a noite cai, e continuo seguindo a ambulância, passamos por vários rios e apesar de não ver muito, da pra sentir o penhasco logo ao lado. No caminho muitos caminhoes e tratores que estao trabalhando na construção da estrada atrapalham um pouco. Enfim, chegamos a Santa Maria as 8 da noite, por conselho do pessoal da fila resolvemos dormir por ali. Jantamos e conhecemos o motorista da van que faz o trajeto até santa Teresa, nosso destino. Ele nos explica todo o caminho, ficamos por ali , conversamos um pouco com o pessoal da região e vamos dormir.