22 abril 2007

Dia 32 - Arequipa / Chivay

Acordei cedo, meio cansado ainda do dia anterior, só consegui dormir umas 2 da madruga, e 9 horas estava de pé. Tomei café, conheci um casal de brasileiros e um de austríacos. Sai fui dar uma volta pelo centro histórico, e acabei caindo no mercado publico, muito mais interessante que os museus. Muito colorido pela variedade de frutas e verduras e carnes de porco, lhama, peixe e boi. Lembrei que o Freire me falou que deveria experimentar alguma coisa por ali, mas não lembrei o que era. Acbei não arriscando nada. Meio dia almocei por ali mesmo, um “menu” que é na verdade o prato do dia (o mais barato também), se vc quiser alguma coisa diferente peça pela carta ( que é o nosso menu ) . Depois que aprendi isso só peço pelo menu, é mais rápido e econômico. Bom, 12 horas toquei em direção a Chivay, quer dizer, tentei levei um tempo pra me achar. Abasteci o carro no caminho e peguei a estrada, boa por sinal. Arequipa esta a uns 2,6 mil de altitude e ainda sim tem muito mais subida. Pelo caminho monhanhas, e vulcões pra todos os lados, mas nada de especial. Passei pelo pedágio e como a estrada estava tranqüila o cara do pedágio começou a puxar papo, fiquei uns 5 minutos ali parado no pedágio falando de espécies nativas dos Andes e da patagônia, ele me perguntou do Brasil, mas não sou muito de zoologia. Segui subindo, já estava em 4,2mil quando comecei a ficar meio zoado. Mas em 4,5 o ipod morreu e eu comecei a ter dores de cabeça, quando achei que era só descer cheguei a 4,9mil metros. Ai o bicho pegou, o sono acumulado bateu junto com a dor de cabeça, comecei a descer a 30 por hora. Da outra vez que cheguei a esta altura foi na Bolivia, mas passei uma semana em san Pedro e atacama, que é meio do caminho. Agora em dois dias sai do nível do mar pra 4,9mil metros. Alem de mim, o carro também sofreu, o ipod nao funciona acima de 4,5mil metros. Bom cheguei em Chivay (3,6mil metros) cansado e com dor de cabeça, mas a cidade é pequena to tipo que eu gosto, me hospedei no hostel municipal, onde não tinha nem um turista, só peruano a trabalho. Fui dar uma volta na praça, ver o mercado acabei conhecendo o Rufino, que tem uma lojinha de fotos pra documentos e outras coisas, gente finíssima, falamos rapidamente de política e viagem, ele diferente do freire acha o Fujimori um picareta. Voltei pro hostel e conheci a Marcia senhora que trabalha na recepção durante a noite, outra Chivaiana muito simpática, me falou que agora todos por ali estao indo pra Itália, tem empresas contratando eles pra trabalhar na agricultura por lá. Ela espera a vez dela. Faz todo sentido, se tem alguém que sabe cultivar em morro, são esses caras aqui. Fui comer e fui dormir, como pedra.

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