No café da manhã conheci dois argetinos de comodoro rivadavia, e conversamos um pouco, tivemos a noticia de que um professor daqui de Chaiten, amigo de Juan, morreu num tracking por um dos glaciais. A cidade parecia meio triste. Me informei sobre o barco pra chegar a Puerto Montt, 70000pesos pelo carro mais 17000por pessoa. Acabei me convencendo que era muito caro e voltei 100km pra entrar na Argentina e voltar ao Chile por Angostura, tentei descobrir uma outra passagem antes, mas ninguém conhecia, mais tarde, no Chile descobri que existe sim é pelo Lago Peula acho.
Bom, enfim mais uma fronteira mais papelada, passei e toquei direto a Bariloche, acabei parando em El Bolson, que a 4 anos parecia um vilarejo, hoje é uma cidade, com bastante movimento. Segui as placas até o camping da cervejaria da cidade. Fui recebido pelo Marcos e arrumei o carro. Mais tarde Marcos me falou de uma manifestação sobre a morte de um professor em um protesto por salários melhores, ele também me falou que a Argentina não é tudo que parece. Acabei percebendo que estava vendo só a boa parte, a parte turística de tudo. Comecei a recordar os lugares por onde passei e lembrei de ver casas muito pobres em quase toda parte. Inclusive no Chile onde o Ciro me falou que é muito difícil conseguir trabalho na região que vive. Acho que são coisas que eu estava esquecendo de comentar, apesar de todo turismo, numa viagem de carro posso ver as regiões mais pobres também, que nunca estão nos roteiros turiscos. Pensar nisso me lembrou que ainda tenho muitos países para passar que tem os mesmos problemas. Não dormi muito bem, acordei umas três vezes na noite.
3 comentários:
Da proxima vez me leva com vc pra apertar o rec, pq o placar tá natureza 2 x 0 serginho.
abs
ah o primeiro gool foi das orcas e o segundo da massa de gelo.
abs
Cara, legal esta ponderação sobre a Argentina. No Brasil se aplaude muito (principalmente a esquerda) o presidente que veio de Santa Cruz. Mas, o fato é que a política internacional esta bastante desastrosa - pela falta de experiência mesmo - e o sucesso deles hoje (sem desmerecer a garra) está no câmbio controlado (peso barato) e os inúmeros subsídios dados por este governo Kirshner. Isto tudo ajuda que o turismo cresça na região como nunca antes. O problema está em que sem estrutura sólida, daqui a pouco vem outra crise e vai tudo pro pau novamente. Abraço!
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